FRAGILIDADE


Habitação Bruta
Projeto Zona de Risco 2010 - Derivas/CCSP

Alguém, vestido com camisola hospitalar, entra no CCSP pela entrada principal e percorre o Centro empurrando seu carrinho de soro, com o tubo supostamente espetado no braço, e uma mochila nas costas. Depois de percorrê-lo, dirige-se à biblioteca, acomoda-se, retira um notebook da mochila e trabalha durante cerca de 10 minutos. Depois, guarda o notebook, sai da biblioteca e dirige-se para a saída. Repete o procedimento durante toda a tarde, com intervalos de uma hora. Durante o procedimento, simplesmente não interage, comporta-se como se fosse invisível. O procedimento é observado e registrado por membros do Coletivo.



Por que: dar visibilidade clara ao sentimento de “auto-suficiência possível”, que se mostra claramente quando se está numa condição de fragilidade, precariedade e dependência característica de uma situação fisicamente patológica, mas que impregna nossa vida cotidiana mesmo em situação de “normalidade”. 

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