VERGONHA - trilogia Bruta

2016

trilogia Bruta parte 2





de 30/set a 30/out
sextas, sábados e domingos
Clube 13 de Maio
Entrada gratuita


O projeto Documentário Vergonha é o segundo momento de uma pesquisa do Coletivo Bruto, que se iniciou com a montagem de Mentira em 2014, acerca da formação histórica do interior paulista e a ideologia que auxilia na manutenção das relações sócio-econômicas estabelecidas, forjada na imagem do progresso, embora conservadora.


 A matéria que utilizamos para a construção da dramaturgia de Vergonha são relatos reais. As personagens, se é que podemos chamá-las assim, são fusões a frio dos atores, suas histórias e um retrato ácido cultural e social. Estas figuras performam ações que retratam uma temporalidade especifica, reflexo da ideologia dominante desde a época da ditadura civil-militar - que coincide com o período de infância dos atores -, uma temporalidade deslizante em que toda idéia de futuro opera para imobilizar um presente que vive do passado. 


Uma contradição aparente, assim como a recorrência de um “fora de lugar” vivido pelas figuras. Mas esta aparente antinomia (passado X futuro) expropria os sujeitos desta historia da consciência de que seu tempo patina no sentido de uma única afirmação: o futuro nos espera com suas promessas de bem estar e união, mas ele nunca chega. Assim, para garantir a sobrevivência deste sonho construído via discurso político-publicitario, é preciso garantir os valores segregadores do passado presentificado – decência, tradição e consumo. 


Se ontem eram os “pobres” que, vergonhosamente, acobertavam suas mazelas, hoje será o “remediado” que prossegue no esforço de renegar sua origem embaraçosa através da reprodução do discurso de quem o despoja. Nada mais oportuno para os dias que seguem e que infelizmente ainda perdurarão. Dizer que esta história faz referência unicamente ao interior paulista a reduziria, mas, sem dúvida, a oportunidade de estar deslocado do centro, estar na gigantesca maioria margem que alimenta o status quo deste pais colônia eternamente em ordem e progresso, favorece um olhar para os conservadorismos nacionais mais arraigados - descendentes das monoculturas e das oligarquias patriarcais - que nunca serão de primeira classe.



Direção Paulo Barcellos/Elenco Maria Tendlau Carla Sapuppo Jorge Lode Raul Rozados Julia Gianetti/ Dramaturgismo Paulo Barcellos Maria Tendlau/ Colaborador em dramaturgia Alexandre Dal Farra/ Colaboradora em performance Eleonora Fabião/ Colaborador cênico  Thiago Antunes/ Cenário e figurinos Coletivo Bruto/ Assessoria em cenografia Ivy Calejon Leandro Bocchio Cobogó Arquitetura/ Iluminação Paulo Barcellos/ Produção Executiva Gabriela Elias/ Assessoria de Imprensa Naiara Lima Todo Texto Assessoria de Comunicação/ Programação visual Clayton Mariano/ Operação técnica Raphael Gomes/ Registro de vídeo Experimentos Henrique Inglez/ Filmagem Vergonha Alma Filmes/ Fotos de divulgação Ivana Debértolis



Fotos de Ivana Debértolis






VERGONHA - trilogia Bruta

2016

trilogia Bruta parte 2


PROJETO DOCUMENTÁRIO VERGONHA


O Coletivo Bruto realiza uma ocupação artística no histórico Clube 13 de Maio de Piracicaba-SP durante todo o ano de 2016 com Workshop e Fala Pública realizados pela permorfer e professora em performance Eleonora Fabião; aberturas do processo de construção de dramaturgia e da encenação de Vergonha e longa temporada gratuita. O projeto Documentário Vergonha tem apoio da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo por meio do Edital ProAC-2015.


   

















FALA PÚBLICA
Performance na Rua: Experimentação Artística e Imaginação Política


    






















EXPERIMENTO 1Formas Narrativas: Um Roteiro para Vergonha; 
EXPERIMENTO 2 - Uma Dramaturgia Para Vergonha



  

Fotos de Henrique Inglez



MENTIRA - trilogia Bruta

2016

trilogia Bruta parte 1

        

O espetáculo Mentira, estreado em 2014 com longa temporada na Casa do Marquês do Bairro Monte Alegre, realizará apenas 03 apresentações nos dias  03, 04 e 05/dez no Clube 13 de maio em Piracicaba.

Depois de realizar 20 apresentações na Casa do Marquês o espetáculo volta agora para finalizar um ciclo após ocupação artística no Clube 13 de Maio durante o ano de 2016 e temporada de Vergonha, segundo espetáculo da mesma trilogia.

Para estas apresentações, além da substituição da atriz Marina Henrique (atualmente residente em Florianópolis) pela diretora Maria Tendlau, o Coletivo Bruto investe no aprofundamento dos aspectos mais grotescos do enredo. “O diálogo com o segundo espetáculo da trilogia, e o momento que vivemos no país, nos inspirou uma liberdade maior em relação ao clima de terror psicológico e a crueza das relações estabelecidas entre os personagens” diz Paulo Barcellos, diretor de Vergonha e ator de Mentira.



A atriz e diretora Maria Tendlau comenta que “não há concessões. O jogo é contar a história pelo olhar do dominador e manter as forças progressistas do lado de fora da cena, como fantasmagoria.” Por isso optamos por abolir o espaço de limite da cena, as paredes, para reforçar ainda mais a sensação de que algo está próximo, na penumbra, à espreita na floresta que resta - floresta sustentada apenas pela possibilidade de uma licença ambiental para adentrar no mercado internacional de carne - para invadir a cena com arco-flecha, enxada e foice, tiros, mato bravo, mosquito ou onça. Deserto devastado, sem perspectivas, um não espaço. A perspectiva é a negociata.



Direção - Maria Tendlau
Elenco - Gabriela Elias / Maria Tendlau / Paulo Barcellos
Dramaturgia - Coletivo Bruto / Coletivo Estalo
Colaborador de dramaturgia - Alexandre dal Farra
Projeto de luz - Paulo Barcellos
Programação visual - Clayton Mariano
Fotos - Ivana Debértolis
Operação técnica - Raphael Gomes

             




MENTIRA - trilogia Bruta

2015

trilogia Bruta parte 1 

Em 2015 foram 24 apresentações;






01 workshop de interpretação com Ney Piacentini;
01 workshop de dramaturgia com Alexandre dal Farra.
Todos os eventos foram gratuitos para interessados em geral de Piracicaba e região.


 



 
    Fotos de LZP Produções


Apoio


MENTIRA - trilogia Bruta

2015

trilogia Bruta parte 1

Na cena, o encontro de três personagens - um latifundiário, sua mulher Larissa e uma antropóloga carioca da FUNAI -, revela um sem número de lugares comuns, preconceitos velados e falsas premissas que são empregados para desviar o foco dos verdadeiros protagonistas da trama: o índio assassinado, o movimento dos sem-terra, o agronegócio predatório, a floresta devastada, as relações de favorecimento como moeda corrente da economia das relações sócias brasileiras. Como diz Roberto Schwartz, aspectos da contradição e da hipocrisia que aparecem como traço cultural naturalizado de uma elite brasileira.


A partir da impossível profundidade de um drama psicológico a la Ingmar Bergman, nos inspiramos em “Três Mulheres” de Robert Altmann – quase uma transposição de Persona de Bergman para o Texas -, para compor um jogo de espelhamentos em que o público, ora se aproxima da agente da FUNAI para olhar a cena, ora adere à perspectiva do latifundiário, ora da mulher oprimida, que, ao final, só consegue defender moralmente a pobre égua branca, feita churrasco pelos trabalhadores sem terra. 




Sinopse
Mentira acompanha a trajetória de uma antropóloga da FUNAI na busca de um índio isolado em Rondônia e a relação perigosa que ela estabelece com um casal de pecuaristas proprietários de uma grande fazenda na região. O texto é de autoria dos Coletivos Bruto e Estalo e faz referência, além das questões fundiárias da Amazônia legal, a uma filmografia de peso, produzida na década de 60, que remete a Ingmar Bergman, Robert Altman e Heiner Maria Fassbinder.




Apoio

MENTIRA

TRILOGIA BRUTA - parte 1 

(2014/15)

O espetáculo Mentira, contemplado pelo Programa de Ação Cultural (PROAC 08/2014) da Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo, realizou longa temporada de 24 apresentações gratuitas em Piracicaba de 19 de fevereiro a 29 de março de 2015, além de oficinas de dramaturgia com Alexandre Dak Farra e de interpretação com Ney Piacentini. Foi uma ocupação  artística de 1 ano na Casa do Marquês, bairro Monte Alegre em Piracicaba.

A escrita e a encenação de Mentira surgem a partir do encontro entre o Coletivo Bruto (Sampa/2007) e o Coletivo Estalo de Teatro (Pira/2007), 




atuando juntos em Piracicaba desde outubro de 2013. Trabalhando com os binômios - mentira/verdade, consumo/fetiche e paranóia/perversão – tentamos investigar uma possível representação das relações sociais estabelecidas hoje no Brasil: tempo de grandes conquistas sociais mas também de acirramento do reacionarismo, de deslumbre consumista e de pauperização da formação cultural, intelectual e política. A pergunta que nos guiava era ¨O que valeria realmente a pena dizer, ou ainda, o que poderia nos mobilizar neste horizonte de foco crítico perdido?¨


Sinopse


Mentira acompanha a trajetória de uma antropóloga da FUNAI na busca de um único sobrevivente de uma tribo indígena isolado em Rondônia e a relação perigosa que ela estabelece com um casal de pecuaristas proprietários de uma grande fazenda na região. O texto é de autoria dos coletivos Bruto e Estalo e faz referência, além das questões fundiárias da Amazônia legal, a uma filmografia de peso, produzida na década de 60, que remete a Ingmar Bergman, Robert Altman e Heiner Maria Fassbinder.



Direção - Maria Tendlau
Elenco - Gabriela Elias Marina Henrique Paulo Barcellos
Dramaturgia - Coletivo Bruto Coletivo Estalo
Colaborador de dramaturgia - Alexandre dal Farra
Orientador em interpretação - Ney Piacentini
Cenário e figurinos - Coletivo Bruto e Coletivo Estalo
Projeto de luz - Paulo Barcellos
Produção executiva – Gabriela Elias e Paulo Barcellos
Programação visual - Clayton Mariano
Fotos e registro de vídeo - LZP Produções
Realização - Cooperativa Paulista de Teatro


Apoio